Classificação ASA

Classifique o estado físico do paciente para avaliação de risco anestésico e cirúrgico.

Fluxo de Classificação

Responda às perguntas a seguir para identificar a classe ASA mais adequada.

O paciente é um doador de órgãos com morte cerebral confirmada?

O que é Classificação ASA?

Sistema de classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) que avalia estado físico pré-operatório do paciente, não risco cirúrgico ou anestésico per se. Desenvolvido em 1941, revisado em 2014. Classificação I a VI baseada em comorbidades e estado geral. Sufixo 'E' indica emergência. Usado mundialmente para uniformizar comunicação sobre estado do paciente.

Quando usar ASA?

Use em toda avaliação pré-anestésica para documentar estado físico do paciente. Útil para comunicação entre equipe, prever necessidade de cuidados intensivos pós-operatórios, comparar mortalidade entre instituições (ajustando por ASA). Não use isoladamente para cancelar cirurgia (ASA III pode operar com segurança). Combine com outros escores (Goldman, RCRI) para risco cardíaco.

Limitações e Considerações

ASA é subjetivo, com concordância inter-observador moderada (60-70%). Não considera tipo de cirurgia (cirurgia menor em ASA IV vs cirurgia grande em ASA II). Não prediz risco específico (usar RCRI para risco cardíaco, ARISCAT para respiratório). ASA foi desenvolvido para estratificação, não para decisão de cancelar/operar. Mesma ASA pode ter desfechos muito diferentes dependendo da cirurgia.

Perguntas Frequentes sobre ASA

ASA IV pode operar com segurança?

Sim, mas requer preparo intensivo. Risco de mortalidade cirúrgica ASA IV: 7,8% (vs ASA I: 0,06%). Muitos ASA IV operam com sucesso se otimizados (compensar IC, controlar glicemia, estabilizar hemodinamicamente). Decisão depende de: urgência da cirurgia, benefício esperado, preferência do paciente. ASA IV não é contraindicação absoluta.

Como classificar paciente com múltiplas comorbidades?

Considerar a pior condição. Exemplos: HAS controlada isolada = ASA II. HAS + DM sem complicações = ASA II. DM com nefropatia + HAS = ASA III. IAM recente (<6 meses) = ASA IV independente de outras doenças. Se dúvida entre ASA II e III, errar para maior (III) é mais seguro.

O que significa o sufixo 'E'?

Emergência: cirurgia que deve ser feita o mais rápido possível por risco de vida ou perda de membro/órgão. Exemplos: apendicite perfurada, trauma, isquemia arterial aguda. 'E' aumenta risco (mortalidade cirúrgica duplica ou triplica). ASA IIE tem risco similar a ASA III eletivo. Preparar o mínimo necessário, não atrasar cirurgia para 'otimizar'.

ASA serve para cirurgia ambulatorial?

Sim. ASA I-II são ideais para ambulatorial. ASA III pode ser ambulatorial se doença estável e cirurgia de baixo risco (catarata, procedimentos superficiais). ASA IV geralmente requer internação. Critérios de alta ambulatorial: dor controlada, náusea mínima, deambula, urina, sinais vitais estáveis. ASA III ambulatorial requer monitorização mais rigorosa.